No Instituto Brasileiro de Gestão Empresarial, na Escuela de Negocios da Universidad Nacional Experimental de los Llanos Ezequiel Zamora, e nos inúmeros projetos empresariais que gerenciei e/ou estive vinculado, em uma área geográfica delimitada por progenitura e ideologia, e não por Estados, aprendi que o propósito de uma empresa é simples, deve ser verdadeiro e palpável, o que dá um motivo tangível para tomadas de decisões, execuções de tarefas, e que devem ser voltadas ao lucro.
Ela é fria,
ela é grossa, ela é chata, ela é desco
Fonte: Licio Gelli – Gran Hotel
Plaza Roma
Como atual Agente Registrado do Estado da Florida, tomarei como base de legislação, à norte-americana de incorporações de empresas, a qual estabelece a responsabilidade fiduciária, o que significa que os administradores têm o dever de cumprir as obrigações estabelecidas pelos acionistas, ou seja, o acionista é o stakeholder principal. E como ele quer lucro, a empresa tem que entregar. Este pensamento foi incorporado no Estado Brasileiro pela Lei 6.404 de 1976 – a famosa “Lei das S.A.”.
O
objetivo geral da Máfia prima sobre os interesses individuais dos mafiosos,
que, em nome da obediência estrita a esse objetivo primordial, a ele
sacrificarão seus interesses pessoais em favor desse objetivo geral.
Fonte: Licio
Gelli – Tratado Geral da Máfia
Partindo da premissa legal, tendo como ideia central que as empresas respeitam a lei, criamos tabus em vincularmos a Máfia Italiana a empresas, mas será que são tão diferentes, atrevo-me a realizar uma pequena analogia ao senário corporativo brasileiro, onde:
Há cases de corrupção que afetaram todo um setor, por exemplo o da construção civil, chegando a transcender fronteiras, mercado que representa aproximadamente 6% do PIB do Estado Brasileiro, sem tocar na questão interesse do todo e não individual, quando visualizamos que acidentes no setor da mineração, mataram nos últimos anos centenas de pessoas, ao mesmo tempo que o mesmo setor foi responsável por 4% do PIB e 25% do saldo comercial do Estado. Será que há diferenças com o objetivo da Máfia Italiana, ou vivemos em uma sociedade lastreada por falso moralismo e baixa ideologia moral, a qual a Máfia Italiana não só prega como exige.Deixando a analise corporativa, e partindo para suas bases administrativas, encontramos muitos empresários que reconhecem a complexidade da legislação brasileira, e se consideram vitoriosos quando conseguem atender a requisitos legais.O que torna comum a dicotomia entre destaque e desaparecimento e/ou criminalização do empresário.
Será que existe similaridade entre a Máfia Italiana e as Empresas ?“Mas é outro negócio!”. Será?
Licio Gelli, gênio político mais controverso da história recente da Itália, líder da Loja Maçônica Propaganda 2 (P2), que teve vinculado a ditadura militar argentina, reconhecido como célebre “capo” da temida organização maçônica, anticomunista convicto, que teve seu nome envolvido em vários escândalos políticos e financeiros que abalaram a Itália nos anos 80 e 90, sempre alertava a todos em seu entorno, em especial Homens Feitos, mas este termo será assunto para um próximo artigo, que o negocio mais importante da Máfia Italiana é a proteção das pessoas, em uma egrégora associativa, onde não há interesses individuais, mas sim coletivos.
Será que os sistema e corrupção do Brasil, que transcenderam fronteiras foram edificados individualmente, ou em uma esfera associativa, com objetivo definidos por:
A
Máfia é uma associação entre iguais, sendo que alguns
desses iguais são mais
iguais que os demais.
Fonte: Licio
Gelli – Tratado Geral da Máfia
Em Estados onde a aplicabilidade da lei é influenciada por outros fatores sociais ad hoc, como acontece em muitas regiões e comunidades do Estado Brasileiro, tendo como base os dados do Our World in Data da Universidade de Oxford sobre confiança interpessoal, que alerta que só 6,53% dos cidadãos concordam com a seguinte frase: “Pode-se confiar na maioria das pessoas”, e no Estado Argentino também alvo deste artigo, o número é de 22,65%.
Será que a Máfia Italiana é mais efetiva em sua administração que o Estado?
Os leitores mais conservadores podem refutar com correntes que pregam que empresas com valores fortes nunca fariam algo errado. Reconheço que existem empresas com valores fortes, mas ao mesmo tempo fundamento a existência da Máfia Italiana como “benchmark” de cultura organizacional.
A Máfia Italiana tem rituais quase religiosos de iniciação. Omertà é o nome do código de conduta que obriga os mafiosos a ficar em silêncio (proteção de propriedade intelectual) e, em nenhuma circunstância, colaborar com intervenções externas que não cumpram ao objetivo associativo.
Legislação norte-americana de incorporações de empresas, a qual estabelece a responsabilidade fiduciária, o que significa que os administradores têm o dever de cumprir as obrigações estabelecidas pelos acionistas, ou seja, o acionista é o stakeholder principal. E como ele quer lucro, a empresa tem que entregar. Este pensamento foi incorporado aqui no Estado Brasileiro pela Lei 6.404 de 1976 – a famosa “Lei das S.A.”.
Neste contexto vemos o engajamento com stakeholders, semelhança entre a máfia e as empresas, a organização é focada em seus objetivos, e todos os stakeholders externos precisam estar alinhados com estes objetivos, pouco importando o que estes pensam.
Para concluir, as palavras do “temido mafioso italiano” são instruções aplicadas no Estado e no seio privado cotidianamente, onde o lucro associativo é a base da sociedade moderna, onde associações se unem com objetivos comuns que sempre estão direcionados ao lucro, tendo como base preceitos morais internos, pré-definidos por iguais mais iguais que os outros.
Por: Dr. Daniel Dias Machado Ph.D
Gran Hotel Plaza Roma
Daniel Dias Machado, mais conhecido como "Consigliere di Stretta Osservanza", (Porto Alegre, 16 de fevereiro de 1982) é um eminente Politólogo e Jurisprudente, sempre presente nos meios de comunicação e em festas da elite Ítalo-argentino, Ítalo-brasileira e Italiana. É famoso também por sua proximidade com as famílias mais influentes da Itália, como a de Berlusconi, Sindona, Calvi, Di Bella, D'Amato, Gelli, ítalo-argentina como do Ministro José López Rega e Ítalo-brasileira do Advogado Dorival Fiorini, e que na atualidade é reconhecido como precursor do Direito Registral em Miami.
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